sábado, 30 de julho de 2011

Incontáveis lágrimas.

Eu não sei viver sem isso. Sem aquilo que há tempos tanto suplico. Você nunca me foi abrigo, eu que em meio ao deserto te fiz de Oasis. Eu errei em acreditar que era possível, hoje sofro por meus próprios pecados que refletidos em ti ferem a alma. Agora jogado em clausura sentimental, acompanhada por um sentimento nobre e imortal, vago a chorar, chorar incontáveis lágrimas, me tiram a calma, me levam a paz... Não, não há mais nada que eu possa fazer, se mesmo você não se impulsiona a solucionar o que não cabe mais a mim, só a ti e a ninguém mais.
Às vezes eu só peço para que a chuva leve tudo com a sua passagem, que o vento vara minha presença dessa realidade, que o clarão de um raio me parta ao meio, ou que apenas um trovão com seu estardalhaço desapareça comigo, só pra que eu deixe de sofrer tanto, de chorar e perder noites. Senão me falha a memória já faz semanas que não durmo um bom e justo sono, só tenho me deitado com o cansaço, me pego esgotado e a ouvir murmurinhos do meu coração sempre que encosto minha cabeça no travesseiro, não me apego mais a nenhum paladar, satisfação não há em nada. Você levou tudo, não me deixou nada, nenhuma si quer carta de “Adeus”, apesar de nunca ter estado ao lado meu, eu merecia sim o direito a despedida, não eu, mas talvez meu coração. Eu não sei mais.